Myrtaceae

Psidium oblongatum O.Berg

LC

EOO:

136.138,197 Km2

AOO:

112,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Psidium oblongatum é uma espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), que ocorre nos estados do ESPÍRITO SANTO, nos municípios de Águia Branca (Demuner 4594), Cariacica (Fontana 5146), Governador Lindenberg (Demuner 2732), Linhares (Folli 4714), Pinheiros (Folli 6505), Santa Leopoldina (Demuner 4647), Santa Maria de Jetibá (Teixeira 46) e Santa Teresa (Kollmann 2139); MINAS GERAIS, municípios de Caratinga (Stehmann 3035), Catas Altas (Morais 185), Dionísio (França 598), Itambé do Mato Dentro (Santos 105), Mariana (Rezende 2529), Marliéria (Almeida 204), Ouro Preto (Sellow 1185), Paulistas (Tavares s.n.), Santa Maria do Salto (Amorim 5557), Santana do Paraíso (R.Tsuji 1564), São Gonçalo do Rio Abaixo (Ferreira 109) e Viçosa (Neto, JAAM 2043); RIO DE JANEIRO, município de Sapucaia (Britto Pereira 06/68).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Patricia da Rosa
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 12 m de altura, endêmica do Brasil; foi registrada em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa associadas a Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo (municípios Águia Branca, Cariacica, Governador Lindenberg, Linhares, Pinheiros, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Santa Teresa), Minas Gerais (municípios de Caratinga, Catas Altas, Dionísio, Itambé do Mato Dentro, Mariana, Marliéria, Paulistas, Santa Maria do Salto, Santana do Paraíso, São Gonçalo do Rio Abaixo e Viçosa) e Rio de Janeiro (Sapucaia) (Reflora - Herbário Virtual, 2018; Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). A espécie apresenta ampla distribuição na Mata Atlântica (EOO=116453 km²; AOO=112 km²), com registros realizados dentros dos limites de diversas Unidades de Conservação, como a Reserva Biológica Duas Bocas, Reserva Florestal da Companhia Vale do Rio Doce, Reserva Biológica Córrego do Veado, Reserva Particular do Patrimônio Natural Santuário do Caraça, Parque Estadual do Rio Doce, Parque Nacional do Alto Cariri, Estação Biológica de Caratinga, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Parque Nacional da Serra do Cipó, entre outras. Desde sua descrição, a espécie tem sido frequentemente documentada (50 espécimes depositados em herbário validados pelo especialista botânico atribuídos ao táxon), tanto em áreas conservadas como em áreas perturbadas (Reflora - Herbário Virtual, 2018). Diante do exposto, considera-se que a espécie não corre risco iminente de extinção, porém recomenda-se medidas eficazes que garantam a efetiva conservação das áreas protegidas em que a espécie ocorre.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Psidium oblongatum O.Berg é uma espécie nativa e endêmica do Brasil. A espécie foi descrita em 1857 na Flora Brasiliensis 14(1): 392. O material tipo é Sellow, 1185 (Berg, 1857) e encontra-se depositado no herbário K (holótipo) (Reflora,2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem estudos das populações.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Estacional Semidecidual
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Psidium oblongatum é uma árvore de até 12 metros de altura, terrestre, perene que ocorre na Mata Atlântica em Floresta Estacional Semidecidual e na Floresta Ombrofila (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Psidium in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10876. (Acesso em: 04 Julho 2018).

Reprodução:

Detalhes: Psidium oblongatum é uma planta com flores hermafroditas. A espécie floresce desde outubro até fevereiro; e produz frutos desde dezembro até junho (Tuler, et al. 2017).
Fenologia: flowering (Oct~Fev), fruiting (Dec~Jun)
Sistema sexual: hermafrodita
Referências:
  1. Tuler, A.C., Carrijo, T.T., Ferreria, M.F., Peixoto, A.L., 2017. Flora of Espírito Santo: Psidium (Myrtaceae). Rodriguésia, 68(5), 1791-1805.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1 Residential & commercial development habitat,occurrence past,present,future national high
​Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L.; Lino, C.F., 2003. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2 Agriculture & aquaculture past,present,future national high
A retirada da cobertura vegetal na Mata Atlântica visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte desta região, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos formam populações isoladas de outras que se situam em outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana circundante pode significar uma barreira intransponível, o que altera de maneira irreversível o fluxo gênico entre as populações e compromete a perpetuação destas na natureza (Galindo-Leal; Câmara, 2003).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Registros de P. oblongatum foram realizados dentros dos limites de diversas Unidades de Conservação, como a Reserva Biológica (REBIO) Duas Bocas, Reserva Florestal da Companhia Vale do Rio Doce, REBIO Córrego do Veado, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, Parque Estadual (PAREST) do Rio Doce, Parque Nacional (PARNA) do Alto Cariri, Estação Biológica de Caratinga, Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, PARNA Serra do Cipó, entre outras.